quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O amor que me tirou o medo!


Torcedora fiel e fanática pelo Coxa desde 1987,ou seja, nasci Coxa Branca!
Pertenço a quinta geração da minha família a torcer pelo Glorioso time paranaense, até costumamos a dizer que o sangue que corre nas nossas veias não é vermelho, mas  sim, Verde e Branco.
Acostumada desde pequena a frequentar o Templo Couto Pereira, a vestir o uniforme, carregar a bandeira, vibrar com as vitórias e sempre incentivar o time em momentos difíceis.
No início de 2005 meu pai foi transferido para a cidade de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, desde então fui obrigada a diminuir minhas idas ao estádio, pois a distância me impede, mas mesmo assim sempre que posso estar na minha cidade maravilhosa compareço ao Couto Pereira ,no terceiro anel  para ver o meu verdão dando show de bola.
Em março de 2009 sofri um acidente de trânsito, o qual desencadeou o stress pós-traumático seguido de uma síndrome do pânico e depressão moderada. Desde então me afastei da faculdade, de lugares cheios e barulhentos, pois estas situações sempre acabavam me levando a crises. Em junho do mesmo ano minha mãe desesperada com a minha situação resolveu me levar para Curitiba, onde considero minha casa, perto da família e amigos. Como todas as vezes que estava em Curitiba ia aos jogos, dessa vez não poderia ser diferente. Mas como ir ao estádio um “lugar cheio e barulhento” sem ter crises de pânico? Tive o incentivo da família que de imediato se prontificaram a me acompanhar ao jogo no dia 14/06 no Couto Pereira contra o Flamengo. Durante os dias que antecederam o jogo, cheguei a desistir e a duvidar  por varias vezes que seria capaz de vencer o meu medo de multidão. No dia do jogo os arredores do estádio estavam muito movimentados, o que já fazia meu coração acelerar, as mãos suarem frio e o ar a faltar. Cheguei até o portão de entrada de mãos dadas com minha mãe e minha avó, e acabei desistindo, pois ali no meio dos alviverdes tive o início de uma crise, decidimos então voltar para casa para preservar a minha saúde. Sentada no carro escutei o grito da torcida chamando o Coxa para o campo (“ Vem Coritiba...”), senti que me chamavam também! O que me impulsionou a voltar para o Couto, erguer a cabeça e mostrar para o medo que o meu AMOR pelo CORITIBA é maior que qualquer coisa e vence qualquer obstáculo!
Estar dentro do Templo Alviverde, sentindo toda aquela vibração fez com que eu me sentisse forte ,inatingível como se ali, no meio de milhares de pessoas juntas pelo mesmo amor, nada de mal poderia me acontecer! Ali eu estava protegida e muito emocionada por ter vencido aquele que por meses me prendeu em casa tirando a minha alegria de viver.
Naquele jogo vencemos por 5x0.E digo “vencemos” porque assim como time eu também venci. E agradeço ao meu Verdão por está vitória, pois me mostrou que assim como ele eu sou uma Fênix, que renasce das cinzas, cada vez mais linda e mais forte!

Agora mais uma vez o meu Verdão me ajuda a renascer, o concurso Musa do Brasileirão 2011 me tirou de mais uma fase de crises!
Aqui em Campo Grande a maioria da população torce para os times do estado de São Paulo, mas aos poucos venho recrutando novos e apaixonados torcedores Coxa Branca.

O meu time é a minha paixão e o motivo da minha superação!Mesmo longe,acompanho todos os jogos e as notícias relacionadas ao Glorioso Coritiba!

Mereço ser a Musa Alviverde,pois mesmo com 1000km de distância a paixão pelo Coxa continua viva!


http://globoesporte.globo.com/futebol/musas/463646/463646.html
Está é a minha página no Globo Esporte!


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Carina Zamboni

domingo, 10 de julho de 2011

Voltei!

Depois de muito tempo sem postar,resolvi voltar a escrever aqui no blog!
Me desculpem pelo longo período de ausência, mas pela minha lógica este post deveria ser sobre o terror,as ameaças e a perseguição que sofri logo após o acidente,pela pessoa que causou o acidente.

Por diversas vezes tentei escrever sobre o assunto,começava o texto e acabava abandonando pela metade. Ainda é um assunto muito difícil pra mim, eu não consigo reviver tudo o que aconteceu.

Como sei que não posso abandonar esta pagina, pois prometi a vários amigos que continuaria,por esta ser uma forma de desabafar  e também de esclarecer para os leitores como vive alguém com  “Síndrome do Pânico” decidi mudar um pouco a temática. Não seguirei a ordem dos acontecimentos da minha vida,aos poucos vou contando o que aconteceu e como tenho lidado com os meus medos nos dias de hoje. Assim me sentirei mais a vontade e não me forço a lembrar dos fatos que ainda não estou preparada a bater de frente.

Conto com  a colaboração de todos e esperam que venham sempre me visitar!
Só volto a postar depois do dia 18/06 pois estarei em um congresso em Goiânia....afinal,a vida continua!

Carina Zamboni

sábado, 2 de abril de 2011

a solidão -> a DEPRESSÃO

Como eu havia dito anteriormente, a minha vida parou. A primeira coisa a ficar para trás foi a faculdade, eu não tinha cabeça para provas, trabalhos, estágios...
Eu precisava do meu trabalho, então mergulhei fundo, me iludia que gostava daquele lugar...mesmo assim eu não abria mão da companhia da minha mãe.
Dirigir era impossível, eu travava na frente do volante e se fosse noite então eu preferia fechar os olhos pra não ver as luzes dos outros carros, o lugar do acidente eu não podia nem pensar em passar, eu tremia muito, me dava falta de ar,desespero total!
Eu trabalhava no shopping em uma loja de roupas que atende um público um pouco mais selecionado. O lugar não era muito cheio, nem muito barulhento, mas eu estava muito insegura, então minha mãe me acompanhava todos os dias e ficava ali na frente da loja sentada em um banquinho 6 horas por dia, assim foram alguns meses...com o tempo eu já aceitava que ela ficasse na livraria dentro do shopping e qualquer coisa eu ligava pra ela,aos poucos eu ganhei um pouco de segurança e ela já não me acompanhava todos os dias, porem eu não ia ao banheiro sozinha,estava sempre com a Tainá,que trabalhava comigo, ela me passava muita segurança.me ajudou muito!

Quanto aos verdadeiros amigos, foi ai que eu percebi que quase não tinha. Muita gente ficou sabendo do acidente,mas eu posso contar nos dedos de uma mão quem foi que me ligou e se preocupou comigo. O meu namorado estava sempre do meu lado, a minha família também nunca me abandonou,mas eu estava muito carente,precisava de mais atenção... A Jú e a Fer,mesmo estando muito longe me mandavam e-mails,mensagens no celular, tinha o Charles que mesmo de Cuiabá também se preocupava comigo e o Samuel que largava tudo pra vir ficar do meu lado. Da faculdade apenas a menina que morava perto de casa e pegava carona comigo me ligou para ver como eu estava, se precisava de alguma coisa. E o RESTO (apenas o resto), nada! É de ficar pensando como é engraçado, porque eu acreditava que tinha amigos porque na hora das festas, das colas nas provas,das caronas todo mundo me procurava,mas quando eu mais precisei de  um sorriso que fosse todos me viraram as costas. Eu nunca me senti tão sozinha, tão desanimada, com tão pouca vontade de viver...na verdade eu perguntava a Deus porque ele não me levou no momento daquela batida,porque ele não acabou com tudo ali? Eu sei que esse pensamento não era justo com todos que me amavam de verdade, mas u me sentia muito culpada pelo sofrimento dos meus pais em me ver daquele jeito, sei lá,eu não sei explicar direito o que eu sentia e porque eu sentia aquilo....eu só queria que aquilo nunca tivesse acontecido.

Eu não  era mais a mesma pessoa,eu era fraca,eu emagreci tanto que minhas roupas não me serviam mais,qualquer coisa que caia no meu estomago doía muito,eu não tinha mais vontade de ficar em pé,os meus sonhos desapareceram,eu só conseguia dormir com remédios e eu percebia no olhar dos outros a pena que sentiam de mim....

Teve um dia que eu fiquei olhando aquela cartela de remédio, ela era tentadora,talvez se eu tomasse ela inteira eu acabava com todo aquele sofrimento,mas nem pra isso eu tive coragem....

( Mãe, me desculpa pelo desabafo,eu sei que muitas coisas que eu postei hj vc nem imaginava, me desculpa por ter sido tão fraca, por ter te decepcionado tanto,por ter pensado em acabar com a minha vida. EU TE AMO, obrigada por tudo!)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Dias pós acidente

Quando cheguei em casa já eram umas 3 horas da manhã,parecia que meu corpo inteiro formigava,uma sensação estranha,coisa que nunca senti igual. Eu queria acordar, mas aquilo não era um pesadelo, e sim a pior realidade da minha vida.
Precisei ligar aquela hora mesmo,no meio da madrugada pro meu super amigo irmão, o Charles,eu precisava de ajuda,de palavras de conforto...pro Thi (namorado) eu não podia ligar,ele tinha aula cedo.
Não tive coragem de ficar sozinha no meu quarto, aproveitei que meu pai tinha ido viajar e fui dormir com a minha mãe...mas não preciso nem dizer que dormir é forma de falar,não consegui  nem um minuto,era só fechar os olhos pra ver aquela luz vindo em minha direção e ouvir o barulho da batida.
Quando amanheceu a ficha ainda não tinha caído, eu fui pra sacada e fiquei um tempo ali parada, mas não adiantava,o meu carro não estava na garagem...
Eu tinha prova na faculdade,fui até lá com a minha mãe conversar com a professora,o coordenador do curso...e não me lembro por qual motivo passamos no hospital veterinário da faculdade (que fica em outro campus). O Thi estava lá,contei o que aconteceu e me deu uma crise de choro.Foi naquele abraço que eu percebi o quanto eu estava frágil, justo eu que sempre fui tão segura,tão forte. Naquele momento a casca quebrou.
Foi muito difícil contar o que aconteceu pro meu pai...
Depois eu não me lembro bem a seqüência dos fatos, os dias que seguiram foram muito tumultuados pra mim,boletim de ocorrência, procurando advogado e ainda tinha o meu trabalho,eu não tinha nem um mês de loja e eu não podia sair de  licença com medo de ser mandada embora na experiência e mais do que nunca eu precisava de um bom salário.
Eu não conseguia mais dormir,e quando dava uma cochilada acordava assustada com pesadelos,comer nem pensar,tudo que caia no meu estomago voltava, fiquei 15 dias me alimentando só de iogurte.
Fui parar na psiquiatra que me receitou um desses remédios controlados,de receitinha azul e tudo.Essa medicação me ajudava a dormir,mas também me deixava completamente “grog”, foi ai então que decidi largar praticamente tudo e ficar só com o meu trabalho,eu não dava mais conta de fazer tudo que eu fazia antes.
A minha vida parou...

(No próximo post – o medo,a perseguição,a companhia da minha mãe,a solidão.)

segunda-feira, 21 de março de 2011

como o carro ( a Frida) ficou!

Esta é a Frida...
eu sempre tenho o costume de dar nome aos meus carros e or sugestão da minha mãe este corsa ganhou o nome de Frida que por coincidência significa "aquela que protege" e foi exatamentr isso que aconteceu...ela ficou completamente destruida,mas eu sai inteira!



e assim ela ficou...





 fazia apenas 20 dias que eu tinha ganho a Frida!
=/
ainda me doi muito olhar esta imagens...

domingo, 20 de março de 2011

O acidente!


O primeiro post...
...o primeiro de muitos?não sei ao certo!Vou até onde der,até onde me permitirem ir.
Aqui vou contar um pouco da minha vida...de como é viver com a "SINDROME DO PÂNICO" e de como superar um perigo que existe dentro de nós.
Sim, esse bicho de sete cabeças tem como ser superado, esquecido,deixado de ladinho!

O ACIDENTE

“No dia 23 de março de 2009 por volta das 22:30 hs eu estava voltando do trabalho no meu carro, sempre pegava uma avenida larga,um tanto movimentada e muito bem sinalizada e nesse dia não foi diferente. Como eu voltava tarde meu pai sempre me aconselhou a não parar na esquinas quando o sinal estivesse fechado, e sim no meio da quadra ou ir controlando o sinal até que abrisse. Foi isso que eu fiz quando meu sinal fechou, desengatei a  marcha e fui controlando, quando abriu engatei a segunda marcha  e arranquei...depois disso só me lembro de uma luz muito forte vindo em minha direção e um barulho ensurdecedor. Acredito que eu tenha apagado por um tempo, eu não vi a minha vida toda passar como um filme,mas eu vi meu corpo arremessado para longe do carro sem uma das pernas e muito sangue, via pessoas de branco ao meu redor, o meu peito doía muito,respirar era quase impossível,escutava algumas vozes falando que eu estava morta,que o carro ia explodir...apesar do desespero eu não conseguia abrir os olhos,falar que eu estava viva....era como se estivesse no fundo de uma piscina e não conseguisse chegar a superfície. Quando consegui abrir os olhos  as dores pelo corpo eram insuportáveis,meu corpo fervia,havia muitas pessoas ao meu redor e todas falavam ao mesmo tempo.Demorei um pouco para assimilar tudo que estava acontecendo. Aos poucos me lembrei das aulas de primeiros socorros da faculdade e decidi que o melhor era ficar quietinha até o socorro chegar,mas as pessoas estavam alvoroçadas e me fizeram sair do carro com medo que ele explodisse.Não sei como avisei minha mãe do acidente e do local do ocorrido,não sei quanto tempo ela levou para chegar lá,na verdade existe um branco na minha memória,me lembro de algumas cenas soltas...fui levada para um pronto socorro,tudo vazio,apenas o médico e o enfermeiro,o silêncio me incomodava,MEDO, muito MEDO era o que eu sentia,me sentia sozinha,abandonada...minha mãe não chegava nunca.....”

Bom...nesse post eu fico por aqui. Muita coisa ainda tem a ser contada,mas vamos por partes!

Espero de coração que neste espaço alem de conseguir desabafar eu consiga ajudar alguém ou ajuda-los a entender melhor como funciona o pânico,as crises...

Um beijo enorme.